Piso pisado
Como se fosse em sonho
em que o osso rói o duro osso do sono
e saem discretos seres por entre espaços inumanos...
seria ele esse futuro que de tão mudo
se fez insano?
planejando, meticuloso, a saída do descanso sem descanso?
Está o futuro assim
soberbo olhando pra mim
e olha com as garras, de uma doçura que nunca vi...
Os sonhos derramam sonhos
pelas beiradas
assim, pelos cantos,
e eu não posso nada
que não seja assistir
atenta o desenlace,
este que não é plano,
é côncavo, convexo, pontiagudo, meio estranho
de uma cor que não se sabe
se é de lua ou iluminada
mas que é assim bem meu
um desenlace que é de uma mão que pouco cresceu
mas muito aprendeu.
E vem assim o futuro-presente-sorrateiro
pra dizer a que veio
e a que não veio.
Mas que fica marcado
em qualquer lugar do espaço
como o piso pisado
em areia fofa do passado.
Texto: Allana Moreira e Silva
em que o osso rói o duro osso do sono
e saem discretos seres por entre espaços inumanos...
seria ele esse futuro que de tão mudo
se fez insano?
planejando, meticuloso, a saída do descanso sem descanso?
Está o futuro assim
soberbo olhando pra mim
e olha com as garras, de uma doçura que nunca vi...
Os sonhos derramam sonhos
pelas beiradas
assim, pelos cantos,
e eu não posso nada
que não seja assistir
atenta o desenlace,
este que não é plano,
é côncavo, convexo, pontiagudo, meio estranho
de uma cor que não se sabe
se é de lua ou iluminada
mas que é assim bem meu
um desenlace que é de uma mão que pouco cresceu
mas muito aprendeu.
E vem assim o futuro-presente-sorrateiro
pra dizer a que veio
e a que não veio.
Mas que fica marcado
em qualquer lugar do espaço
como o piso pisado
em areia fofa do passado.
Texto: Allana Moreira e Silva