Onde o limite é a pele...
Pode parecer loucura não ter nada disto...
Em cada fragmento de alma
A partícula alfa
explosiva em sua casca
jorrando suco doce de vida.
Expulsa vida nos gritos melódicos da mulher descabelada,
na história das portas e das fechaduras encantadas,
na dúvida explícita se se é homem ou se não é nada...
Corpos sem orgãos
querelantes por uma chance para explicar
como, quando e onde se atravessa a porta para algum lugar,
desconhecido lugar...
que pode ser o outro,
que pode ser Deus,
que pode ser uma existência estelar...
O malandro que me ensina a ser esperta
O robô que a minha humanidade desperta
A mulher desesperada que com sua lágrima me acerta!
É assim a loucura da vida cheia de vida
sem roupas, sem armaduras
sem a hipócrita medida
coexistindo o fim, o meio e o começo
no grito melódico da mulher descabelada.
Texto: Allana Moreira e Silva